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Salmo 86: Humildade, clamor e confiança

Você já clamou com o coração inteiro e sentiu Deus te responder? Busque a Deus com sinceridade e dependência. Davi nos ensina que, mesmo na dor, há direção e consolo no Senhor. Escolha viver com o coração íntegro, guiado pela verdade e sustentado pela graça. Hoje, Ele quer ouvir sua oração e fortalecer sua fé. Não desista: ore, confie e avance!

Por Angela Dias | Salmo 86 | Em 26 de julho de 2025

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O Salmo 86 foi escrito por Davi, o homem segundo o coração de Deus. Embora não se saiba exatamente em que momento da vida ele compôs essa oração, acredita-se que foi em um período de profunda angústia e perseguição. Provavelmente, quando estava fugindo de seus inimigos ou enfrentando oposição espiritual intensa. O tom do salmo é de súplica sincera, demonstrando dependência total de Deus em meio à aflição.


A súplica de um coração aflito

Versículos 1 ao 4:“Inclina, Senhor, os teus ouvidos e ouve-me, porque estou necessitado e aflito. Guarda a minha alma, pois sou piedoso. Tu, Deus meu, salva o teu servo que em ti confia. Misericórdia, Senhor, pois clamo a ti o dia todo. Alegra a alma do teu servo, pois a ti, Senhor, elevo a minha alma.”

Explicação:Davi inicia esse salmo com um pedido urgente de atenção divina. Ele reconhece sua condição de fragilidade e clama pela misericórdia de Deus. Sua oração é humilde, mostrando confiança em um Deus que ouve e responde. Ele não esconde sua dor, mas também revela sua fidelidade ao buscar refúgio apenas no Senhor.

Aplicação prática:Quando enfrentarmos situações de angústia, precisamos nos aproximar de Deus com o coração quebrantado. A vulnerabilidade não é sinal de fraqueza, mas de sabedoria. Orar com sinceridade e perseverança é o primeiro passo para restaurar a paz interior.


A confiança no caráter de Deus

Versículos 5 ao 10:“Pois tu, Senhor, és bom e pronto a perdoar, abundante em benignidade para com todos os que te invocam. Escuta, Senhor, a minha oração e atende à voz das minhas súplicas. No dia da minha angústia, clamarei a ti, porque me responderás. Entre os deuses, não há semelhante a ti, Senhor, e nada existe que se compare às tuas obras. Todas as nações que fizeste virão e se prostrarão diante de ti, Senhor, e glorificarão o teu nome. Porque tu és grande e operas maravilhas. Só tu és Deus.”

Explicação:Davi fortalece sua oração recordando quem Deus é. Ele exalta a bondade, o perdão e a fidelidade do Senhor. Esse reconhecimento renova sua fé. Davi entende que Deus é único, soberano e digno de adoração.

Aplicação prática:Quando lembramos quem Deus é, nossa perspectiva muda. A adoração nos fortalece porque ela nos tira do foco do problema e nos coloca diante da solução. É impossível adorar e permanecer desesperado ao mesmo tempo.


Um pedido por direção e fidelidade

Versículos 11 ao 13:“Ensina-me, Senhor, o teu caminho, e andarei na tua verdade; une o meu coração ao temor do teu nome. Louvar-te-ei, Senhor Deus meu, de todo o meu coração e glorificarei o teu nome para sempre. Pois grande é a tua misericórdia para comigo, e livraste a minha alma do mais profundo da morte.”

Explicação:Aqui, Davi não apenas pede socorro, mas deseja alinhar sua vida com os caminhos de Deus. Ele quer aprender, obedecer e crescer espiritualmente. Seu pedido é por um coração indivisível e por intimidade verdadeira com o Senhor.

Aplicação prática:Buscar direção divina é sinal de maturidade. Em vez de apenas pedir livramento, peça sabedoria. O verdadeiro crescimento vem quando você deseja conhecer e viver os princípios de Deus em todos os aspectos da sua vida.


O confronto com os inimigos

Versículos 14 ao 17:“Ó Deus, os soberbos se levantaram contra mim, e um bando de violentos procura a minha vida; e não te têm posto diante de si. Mas tu, Senhor, és um Deus cheio de compaixão, clemente, longânimo e grande em benignidade e fidelidade. Volta-te para mim, compadece-te de mim, dá a tua força ao teu servo e salva o filho da tua serva. Mostra-me um sinal do teu favor, para que o vejam aqueles que me odeiam e se confundam, porque tu, Senhor, me ajudaste e consolaste.”

Explicação:Davi reconhece a realidade dos seus inimigos, mas declara que sua confiança está no caráter fiel de Deus. Ele não pede apenas justiça, mas que o favor do Senhor seja evidente em sua vida.

Aplicação prática:Mesmo quando somos atacados ou incompreendidos, podemos confiar que Deus está conosco. O favor do Senhor é visível na vida daqueles que permanecem firmes, e essa evidência cala a boca dos inimigos e glorifica a Deus.


📜 História bíblica: o clamor de Ezequias diante da ameaça
O rei Ezequias governava Judá quando recebeu uma ameaça devastadora: Senaqueribe, rei da Assíria, cercou Jerusalém com seu exército e zombou do Deus de Israel. A situação era desesperadora. Em vez de reagir com medo ou violência, Ezequias tomou uma atitude poderosa: foi até o templo, levou a carta de ameaça e a estendeu diante do Senhor. Ali, orou com sinceridade, reconhecendo a soberania de Deus sobre todas as nações (2 Reis 19:14-19). Ele não pediu apenas proteção, mas que o nome de Deus fosse exaltado. Deus ouviu seu clamor. Naquela mesma noite, o anjo do Senhor feriu 185 mil soldados assírios. Jerusalém foi poupada, e Senaqueribe voltou humilhado para seu país. A história de Ezequias nos ensina que, assim como Davi no Salmo 86, quando buscamos a Deus com fé e humildade em momentos críticos, Ele responde com poder. A oração sincera é uma arma poderosa contra ameaças visíveis e invisíveis.
🧡 História contemporânea: Marta e a resposta ao clamor no vale
Marta tinha 45 anos quando sua vida virou de cabeça para baixo. Após um divórcio traumático e a perda inesperada do emprego, ela se viu cercada por dívidas e pela solidão. A angústia era tanta que mal conseguia dormir. Em um fim de tarde, sentada no chão do quarto escuro, lembrou-se da avó lendo os Salmos. Com os olhos marejados, pegou uma antiga Bíblia e abriu no Salmo 86. As palavras de Davi pareciam descrever sua dor. Ela começou a repetir em voz alta: “Inclina, Senhor, os teus ouvidos... salva o teu servo que em ti confia.” Por dias, orou com aquelas palavras. Aos poucos, sentia forças voltando. Uma amiga indicou Marta para uma vaga em um centro de acolhimento cristão. Ela foi contratada e, meses depois, passou a liderar rodas de oração com outras mulheres em sofrimento. Marta entendeu que sua dor não era o fim, mas um recomeço. O clamor sincero a levou ao lugar da cura: a presença de Deus.

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