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Salmo 44: Dor, clamor e confiança

Mesmo sendo fiel, por que tudo parece dar errado? O Salmo 44 revela que há lutas sem explicação, mas com propósito. Nele aprendemos a confiar no silêncio, lembrar das promessas e fortalecer a fé.

Por Angela Dias | Salmo 44 | 12 de junho de 2025

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Ao estudar o Salmo 44, somos levados a um lugar profundo da alma onde a fé precisa amadurecer. Ele representa o grito de quem está vivendo uma dor que não faz sentido, mesmo permanecendo fiel a Deus. É o tipo de experiência que confronta nossa compreensão sobre justiça divina e fidelidade.

Ele foi escrito pelos pelos levitas filhos de Corá. O dom deles era transformar experiências profundas em louvor — e isso se reflete nitidamente neste salmo.

A linhagem dos Coráitas é marcada por uma adoração enraizada na obediência e na sensibilidade espiritual, — principalmente por ter perdido seus pais após revoltar-se contra Moisés e contra o direcionamento de Deus — Eles não apenas escreviam sobre vitórias, também expressavam os sentimentos confusos da alma diante das provações.

Este salmo foi escrito durante um período de sofrimento nacional e aparente abandono divino, mesmo quando o povo estava andando em retidão. O curioso é que, ao contrário de outros momentos em que o pecado precede o sofrimento, aqui o povo é fiel a Deus, mas ainda assim experimenta uma amarga derrota.

"Mas agora tu nos rejeitaste e nos confundiste e não sais com os nossos exércitos" (Sl. 44:9)

Esse é o tipo de cenário que desafia até os mais experientes na fé. Quem nunca passou por uma fase assim? Fazemos tudo certo e, mesmo assim, os resultados não vêm. O Salmo 44 traz o retrato desse desconforto existencial e espiritual.


1. Memória do passado vitorioso (versículos 1 a 3)

O salmista começa o salmo lembrando as grandes vitórias que Deus concedeu ao Seu povo no passado. É como se dissesse: “Sabemos do que o Senhor é capaz, porque já vimos isso antes”.

"Com tua mão expulsaste as nações e plantaste nossos pais" (v.2)

Essa memória alimenta a fé. Mesmo diante do caos presente, lembrar o que Deus já fez nos ajuda a não sucumbir à dúvida.


2. Confiança presente (versículos 4 a 8)

Mesmo enfrentando circunstâncias difíceis, o salmista reafirma sua confiança total em Deus. Ele declara que sua segurança não está nas armas ou estratégias humanas.

"Não confio no meu arco e a minha espada não me salva" (v.6)

A fé verdadeira é aquela que se mantém mesmo quando tudo à nossa volta sugere o contrário.


3. Lamento profundo (versículos 9 a 22)

Aqui, o salmista expressa sua dor com honestidade. Ele não acusa Deus, mas pergunta com sinceridade por que está sofrendo, mesmo sendo fiel.

"Por amor de ti somos entregues à morte continuamente, somos considerados como ovelhas para o matadouro" (v.22)

Esse versículo é tão forte que foi citado por Paulo em Romanos 8:36, para lembrar que nem o sofrimento nos separa do amor de Deus.


4. Pedido por intervenção divina (versículos 23 a 26)

A parte final é um clamor direto: "Acorda, Senhor!". O salmista suplica por socorro e redenção, confiando na misericórdia divina.

"Levanta-te em nosso auxílio, resgata-nos por causa da tua benignidade" (v.26)

Mesmo sem entender, ele sabe a quem recorrer. Esse é o segredo da fé que permanece.


Lições que podemos aplicar hoje

Enquanto refletia sobre esse salmo, percebi três lições poderosas que podem ser aplicadas em nossas vidas:

  • Lembre-se das vitórias passadas. Elas são combustível para a fé no presente.

  • Fale com Deus com autenticidade. Ele não rejeita um coração sincero.

  • Não interprete o silêncio de Deus como abandono. Ele está agindo, mesmo quando não vemos.


Conclusão: Fé que resiste às incoerências da vida

O Salmo 44 nos ensina que nem sempre a fidelidade nos poupa da dor, mas nos fortalece para enfrentá-la com maturidade e esperança. É um salmo para os que continuam caminhando, mesmo sem entender o porquê de certas batalhas.

Se hoje você está enfrentando algo que parece contradizer as promessas que Deus fez sobre sua vida, lembre-se: não é o fim, é uma fase. E fases passam. Continue confiando. Continue lembrando. Continue orando. Porque Deus nunca deixou de escrever a sua história — mesmo quando você não vê a próxima página.

Hoje Cremilda faz 15: um coração grato e fortalecido pela fé
	Hoje não é apenas mais um dia. É o dia em que ela completa 15 anos de vida e com o coração cheio de emoções, resolveu fazer algo diferente logo pela manhã: abriu a Bíblia e leu o Salmo 44.
	O que parecia ser apenas mais um texto, se transformou em um espelho da alma. Ao ler as palavras do salmista, ela entendeu que mesmo os justos passam por lutas, mesmo quem ama a Deus enfrenta dias difíceis. Mas o que realmente tocou seu coração foi perceber que, em toda e qualquer angústia, ela poderá recorrer ao Senhor... e também à sua família.
	Foram 14 anos de cuidado, carinho e presença. A cada lembrança, ela se deu conta de quanto amor foi derramado sobre sua vida. Uma infância protegida, cercada por abraços, conselhos, orações e atenção.
	Hoje, aos 15, ela não carrega apenas novos sonhos, carrega também maturidade: A consciência de que a vida pode ter momentos de silêncio, mas que Deus nunca a abandonará. A certeza de que há um lar para onde sempre poderá voltar. E a decisão firme de viver os próximos anos com gratidão à sua família e temor ao seu Deus. Ela encerra os 14 com o coração cheio de reconhecimento e começa os 15 com uma oração:
"Senhor, obrigada por cada dia até aqui. Que a Tua presença continue comigo. Que minha família continue sendo meu alicerce. E que os próximos anos sejam guiados pelo Teu amor."
Hoje é o começo de uma nova fase, com mais fé, mais gratidão e mais propósito. 
Feliz 15 anos. Que essa nova etapa seja tão doce quanto o amor que a cercou até aqui.				O "Cremilda" foi para descontrair. rs

Angela Dias - Instagram SBFé.

Ministério Família da Assembleia dos Santos Ipiaú - BA

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