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Salmo 123: Confiança, dependência e esperança

Você tem direcionado o seu olhar para onde? Para as circunstâncias ou para o céu? Devemos aprende a depender de Deus, encontrar força para suportar o desprezo dos soberbos, mantendo os olhos fixos no Senhor gerando paz e esperança. Quem aprende a depender d’Ele experimenta paz em meio às afrontas e vitória diante da humilhação.

Por Angela Dias | Salmo 123 em 01 de setembro de 2025

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O Salmo 123 faz parte do grupo chamado Cânticos de Romagem ou Cânticos de Peregrinação (Salmos 120 a 134). Eram entoados pelo povo de Israel durante as subidas a Jerusalém, em festas sagradas.

Não há uma autoria específica definida. Muitos estudiosos acreditam que pode ter sido escrito após o exílio babilônico, quando o povo enfrentava zombarias e humilhações de nações vizinhas. O salmista expressa dor diante da opressão mas também revela confiança plena em Deus, olhando para Ele como o único socorro e justiça.


O olhar que se eleva ao céu

“A ti que habitas nos céus, elevo os meus olhos. Assim como os olhos dos servos estão atentos à mão dos seus senhores e os olhos da serva à mão da sua senhora, assim os nossos olhos estão atentos ao Senhor, nosso Deus, até que tenha misericórdia de nós” (V:1-2).

Explicação: O salmista começa declarando a direção do seu olhar: para o céu. Essa postura simboliza dependência e fé. Ele compara a relação do povo com Deus à de servos que aguardam ordens e provisão de seus senhores. Era uma linguagem cultural da época, que mostrava submissão e confiança total.

Aplicação prática: Nos dias de hoje, vivemos distraídos olhando para circunstâncias, redes sociais e opiniões humanas. O salmo nos ensina a redirecionar nosso olhar para Deus, confiando que Dele vem orientação, sustento e justiça. Pergunte-se: em momentos de pressão, para onde você olha primeiro?


O clamor por misericórdia

“Tem misericórdia de nós, Senhor, tem misericórdia de nós, pois estamos sobremodo fartos de desprezo” (V:3).

Explicação: Aqui o salmista abre o coração e revela a dor do povo: estavam cansados do desprezo e da zombaria dos inimigos. O pedido de misericórdia mostra consciência de que a saída não viria da força humana, mas da compaixão divina.

Aplicação prática: Quantas vezes também nos sentimos esgotados diante de críticas, injustiças ou situações que nos envergonham? Esse verso nos lembra que podemos descarregar nosso cansaço em Deus, pedindo misericórdia. Não é sinal de fraqueza clamar, é sinal de sabedoria.


O peso do desprezo e da arrogância

“A nossa alma está sobremodo farta da zombaria dos arrogantes e do desprezo dos soberbos” (V:4).

Explicação: O salmista identifica claramente o problema: a zombaria e arrogância daqueles que se opõem ao povo de Deus. Não era apenas uma questão política ou social, mas espiritual. O desprezo dos soberbos sempre existiu contra quem escolhe viver pela fé.

Aplicação prática: Hoje também enfrentamos olhares de desdém quando decidimos andar segundo princípios bíblicos. O Salmo 123 nos mostra que a zombaria dos soberbos não pode determinar nossa identidade, porque nossa confiança não está na opinião dos homens, mas na aprovação de Deus.


História bíblica: A parábola do servo vigilante

Jesus disse: “Estejam prontos e com as candeias acesas. Sejam semelhantes a homens que esperam seu senhor voltar de uma festa de casamento. Felizes os servos que o senhor encontrar vigiando quando voltar. Ele se cingirá, os fará reclinar à mesa e virá servi-los. Se o senhor chegar à meia-noite ou de madrugada e os encontrar preparados, felizes serão esses servos” (Lucas 12:35-38).

Assim como os servos esperavam atentos à volta do senhor, o salmista declara: “Assim os nossos olhos estão atentos ao Senhor, nosso Deus, até que tenha misericórdia de nós” (Salmo 123:2). O coração que vigia com fé não se perde no desprezo humano. Ao contrário, permanece firme, olhando para cima, confiando que a justiça vem de Deus.

👉 Leia a parábola completa em Lucas 12:35-48.


História Contemporânea: Aisha, a jovem perseguida

Aisha nasceu em uma aldeia no Oriente Médio onde sua fé em Cristo não era aceita. Aos 18 anos, foi humilhada por vizinhos e perdeu oportunidades de estudo porque não negava sua devoção. Muitas vezes chorava em silêncio, cansada do desprezo e das palavras duras. Um dia, decidiu orar o Salmo 123: “A ti que habitas nos céus, elevo os meus olhos” (v.1).

Enquanto lia a Bíblia, encontrou coragem para permanecer firme. Mesmo sendo alvo de zombaria, sentiu paz interior que nenhum insulto conseguiu roubar. Aos poucos, Deus abriu portas: conseguiu estudar em outro país, formou-se e hoje ajuda jovens perseguidos a encontrarem esperança. Aisha descobriu que, quando os olhos estão fixos em Deus, o desprezo dos soberbos não define o futuro.


Oração do dia

Senhor, hoje levanto meus olhos para Ti que habitas nos céus. Reconheço que sozinho não consigo enfrentar o peso do desprezo e da arrogância ao meu redor. Assim como o salmista, clamo: tem misericórdia de mim, ó Deus, porque só em Ti encontro refúgio e justiça. Guarda meu coração da amargura e ensina-me a esperar em silêncio pela Tua resposta. Fortalece minha fé e que eu nunca desvie o olhar de Ti. Em nome de Jesus, amém.


Leitura pessoal da Palavra

Não pare por aqui. Leia na sua Bíblia o Salmo do dia e a história bíblica apresentada. Ao abrir a Palavra, o Senhor falará diretamente com você. O que está escrito no blog é igual para todos, mas a forma como Deus vai tocar seu coração será única e intransferível. A experiência de ouvir a voz de Deus por meio da leitura será mais profunda, impactante e transformadora do que qualquer resumo que você encontrar.


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Ministério Família da Assembleia dos Santos Ipiaú - BA

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