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Salmo 10 - A sensação de abandono

Atualizado: há 5 dias

Você já sentiu que Deus está em silêncio enquanto o mundo parece injusto?

Por Angela Dias | Pão Diário – 07/05/2025 + Estudo do Salmo 10


O Salmo 10 é amplamente atribuído a Davi e foi escrito em um contexto de crise social, marcado por corrupção e opressão. Trata-se de um salmo de lamento, onde Davi questiona o silêncio de Deus diante da injustiça, mas termina reafirmando sua confiança na justiça divina.


Versículo 1: A sensação de abandono

"Por que, Senhor, estás tão longe? Por que te escondes em tempos de angústia?"(Salmos 10:1) Essa pergunta representa todos nós em algum momento da vida. É o grito de quem sente a dor da injustiça e o silêncio de Deus. Mas também é prova de fé, porque ainda clama Àquele que pode responder.


Versículos 2 a 11: O retrato dos ímpios

“O ímpio se gloria por desejar o que é mau [...] Em seus pensamentos, diz: ‘Deus se esqueceu.’”(Salmos 10:3,11) Aqui vemos a frieza de um mundo que perdeu o temor de Deus. O perverso age com arrogância porque acredita que jamais será punido. Ele oprime o pobre, zomba do justo e confia na sua impunidade.


Versículo 14: Deus vê, Deus age

“Tu, porém, vês o sofrimento e a aflição; observas e os tomas em tuas mãos.”(Salmos 10:14) Essa é a virada do salmo. Deus não está ausente, está observando. E mais: Ele toma nas mãos as causas dos injustiçados. Ele é o defensor do órfão, do abandonado, do quebrantado.


Versículos 17-18: A resposta divina virá

“Tu, Senhor, ouves a súplica dos necessitados; tu os fortaleces e atendes ao seu clamor.”(Salmos 10:17) O salmista termina com a certeza de que Deus ouve, fortalece e intervém. Mesmo que o mundo pareça sem direção, o Senhor está entronizado e a justiça é parte do Seu caráter.


A responsabilidade de crescer em maturidade espiritual

Hoje, ao meditar no Pão Diário de 7 de maio e no Salmo 10, ele apresenta uma verdade que ecoa tanto nos dias de Paulo quanto nos nossos: a juventude – e por que não dizer toda geração? – precisa urgentemente assumir a responsabilidade de crescer. O texto de 1 Timóteo 4:12 nos chama à maturidade com um desafio claro:

"...que ninguém o despreze por você ser jovem. [...] seja um exemplo na maneira de falar, na maneira de agir, no amor, na fé e na pureza."(1 Timóteo 4:12)

Esse versículo nos ensina que não existe desculpa para a imaturidade quando se trata do chamado de Deus. Ser jovem ou estar em qualquer fase da vida não deve ser justificativa para fugir da responsabilidade ou viver abaixo do propósito que o Senhor nos entregou.


"Criançadultos" e a cultura da baixa expectativa

Nos EUA, jovens imaturos têm sido chamados de kidults, e na China, de Geração Morango, uma alusão à aparência boa, mas à fragilidade interior. Isso revela um problema cultural profundo: estamos criando gerações que têm idade adulta, mas atitudes infantis.

O apóstolo Paulo, com sabedoria, nos alerta a não permitir que a juventude seja desprezada, mas sim, a usar essa fase como plataforma de testemunho e transformação. A juventude cristã precisa entender que Deus não espera perfeição, mas sim responsabilidade, fé e pureza – não só de aparência, mas de coração.


Ser exemplo é uma escolha diária

Paulo escreveu a Timóteo e, hoje, o Espírito Santo escreve ao nosso coração: seja exemplo, mesmo quando ninguém estiver olhando. Seja íntegro nas conversas, no estilo de vida, nas decisões. Em um mundo que valoriza a aparência, Deus nos chama à essência. Em uma geração que foge do compromisso, Deus nos convida à obediência.

"Quer jovem quer não, escolha superar as baixas expectativas."(Devocional 7/5)


Um chamado para todas as idades

O chamado à maturidade não é apenas para os jovens, mas para todos nós que queremos viver um evangelho verdadeiro. Não importa a idade, Deus espera que sejamos espiritualmente responsáveis, emocionalmente estáveis e moralmente firmes. Que possamos, como Paulo disse, ser modelo de fé, amor e pureza.

A justiça que veio do céu
Marah descia pelas vielas grafitadas de Ashbury com sua cesta de doces e os olhos marejados. Desde que sua família fora despejada por causa da corrupção de um político local, tudo havia se despedaçado. Seu pai, calado e honesto, foi injustamente incriminado. Restou a ela sobreviver na rua, vendendo doces que mal cobriam o café da manhã.
	Naquela noite, em prantos, ela encontrou abrigo em uma pequena igreja ao lado da estação de metrô. O velho pastor a recebeu e em silêncio lhe entregou uma página gasta da Bíblia no Salmo 10.
	Enquanto Marah lia, lágrimas escorreram por seu rosto sujo. “Tu, porém, vês o sofrimento e a aflição...” Ela não estava só. Aquela dor já havia sido sentida antes. Aquele clamor já tinha sido ouvido no céu.
	Dias depois, uma investigação internacional revelou os crimes do político. As terras de sua família foram devolvidas. Seu pai foi inocentado e Marah correu de volta para os braços do pai, restaurada, não só na vida, mas na fé.

O silêncio de Deus nunca é abandono

A história de Marah e o Salmo 10 se encontram no mesmo ponto: o momento em que tudo parece perdido, mas Deus se revela como o justo juiz e o defensor dos que confiam Nele.

Se hoje você se sente como Davi ou como Marah, não desista. Deus vê. Deus ouve. Deus age.Não permita que a cultura, a dor ou a espera tirem sua esperança. Clame com fé e aguarde com confiança, porque a justiça de Deus nunca falha.


📖 Referências bíblicas

Leia na sua Bíblia e permita que o Espírito Santo fale diretamente ao seu coração.

Salmos 10:1 – Quando sentimos o silêncio de Deus, ainda podemos clamar com fé.

Salmos 10:3,11 – O ímpio confia na impunidade, mas Deus vê além das aparências.

Salmos 10:14 – Deus observa o sofrimento dos humildes e toma suas causas em Suas mãos.

Salmos 10:17-18 – O Senhor ouve, fortalece e defende os necessitados.

1 Timóteo 4:12 – A maturidade espiritual começa quando escolhemos ser exemplo, mesmo na juventude.


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Ministério Família da Assembleia dos Santos Ipiaú - BA

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