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Livre-se do saquitel furado e prospere

Atualizado: 14 de jan.

Por Angela Dias com a leitura de livro de Ageu

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Ao ouvir a Oração do Dia com o bispo Bruno Leonardo, me deparei com o versículo do livro de Ageu 1:6 sobre a metáfora do "saquitel furado". Esse texto chamou profundamente minha atenção e me levou a estudar o livro de Ageu como um todo.


O que poderia estar causando tamanha frustração nos trabalhadores daquele tempo?


Por que semeavam tanto, mas colhiam pouco? Qual a relação entre esse cenário e as brechas espirituais que, muitas vezes, abrimos em nossas próprias vidas?


Depois de uma reflexão cuidadosa e guiada pela Palavra, encontrei as respostas e compartilho com vocês. Que este texto nos ajude a fechar as brechas em nosso comportamento e abrir as portas do céu, afinal, como está escrito:


"Minha é a prata, meu é o ouro, diz o Senhor dos Exércitos. A glória desta última casa será maior do que a da primeira, diz o Senhor dos Exércitos; e, neste lugar, darei a paz, diz o Senhor dos Exércitos." Ageu 2:8-9

O contexto do livro de Ageu


O profeta Ageu surge em um período crucial da história de Israel. Em 520 a.C., após o exílio babilônico, o povo de Deus retorna a Jerusalém com a missão de reconstruir o templo. Contudo, essa tarefa enfrentou desafios internos e externos. A indiferença espiritual e o foco excessivo em interesses pessoais acabaram retardando a obra, levando o Senhor a repreendê-los através do profeta Ageu. O resultado dessa negligência espiritual é resumido em Ageu 1:6:


"Tendes semeado muito e recolhido pouco; comeis, mas não chega para fartar-vos; bebeis, mas não dá para saciar-vos; vesti-vos, mas ninguém se aquece; e o que recebe salário, recebe-o para pô-lo num saquitel furado."

O texto revela que, apesar de seus esforços, o povo vivia frustrado. Não era apenas uma questão de administração inadequada ou falta de sorte. Havia um problema espiritual mais profundo: eles haviam colocado seus próprios interesses acima do chamado de Deus.


O que causou a frustração do povo?


A reposta é clara em Ageu 1:9:

"Esperastes o muito, mas eis que veio a ser pouco; e esse pouco, quando o trouxestes para casa, eu o dissipei com um sopro. Por que causa? disse o Senhor dos Exércitos. Por causa da minha casa, que está deserta, enquanto cada um de vós corre à sua própria casa."

O povo ignorou a reconstrução do templo, que representava a presença de Deus entre eles, para priorizar suas próprias necessidades e confortos. Essa negligência abriu brechas espirituais que trouxeram maldições, simbolizadas pelo "saquitel furado" — um ciclo de esforço sem resultados duradouros.


Ageu 2:12 também destaca a questão da contaminação espiritual. Mesmo quando o povo se dedicava à obra, suas atitudes ainda careciam de santidade e sinceridade. Assim, Deus os convoca ao arrependimento completo e à verdadeira obediência.


A promessa da restauração


Quando o povo ouviu a mensagem de Ageu, Zorobabel, Josué e toda a comunidade se arrependeram e voltaram à obra. Deus então encorajou-os com palavras de esperança e restauração, como em Ageu 2:4-5:

"Ora, pois, diz o Senhor: Sê forte, Zorobabel, Josué, sumo sacerdote e todo o povo da terra e trabalhai, porque eu sou convosco. Segundo a palavra da aliança que fiz convosco, quando saístes do Egito, o meu Espírito habita no meio de vós; não temais."

Lições para nossas vidas


Assim como nos dias de Ageu, somos chamados a examinar nossas prioridades e corrigir nosso curso. Para evitar o "saquitel furado" em nossas vidas, algumas atitudes práticas são essenciais:


  1. Colocar Deus em primeiro lugar: Buscar o Reino de Deus e sua justiça acima de tudo (Mateus 6:33).

  2. Obedecer à Palavra de Deus: A obediência atrai bênçãos e nos protege de brechas espirituais.

  3. Participar ativamente na obra de Deus: Não negligencie seu chamado ou os propósitos divinos em sua vida.

  4. Avaliar constantemente suas prioridades: Pergunte-se se suas escolhas refletem um compromisso real com Deus ou apenas interesses pessoais.


A idolatria dos tempos atuais


Muitas pessoas, no desespero do saquitel furado, buscam soluções espirituais em várias crenças. O que cada uma fala, elas fazem, na esperança de alcançar prosperidade, sem perceber que isso se trata de idolatria.


Hoje, a idolatria não se limita a imagens e esculturas como os bezerros de ouro da época de Moisés. Ela assume formas contemporâneas, como o uso de amuletos (olho grego, trevo de quatro folhas) ou simpatias, que acabam colocando Deus em um patamar igual a outros "deuses". É essencial reconhecer que tais práticas criam barreiras em nossa relação com o Senhor e abrem brechas espirituais, impedindo que experimentemos a plenitude das bênçãos divinas.


 Exemplos de idolatria nos tempos atuais:


Idolatria material

  • Excessiva valorização do dinheiro, bens e status social.

  • Busca incessante por consumo, marcas de luxo e acúmulo de riqueza como símbolos de identidade.

Idolatria de pessoas

  • Colocar líderes, celebridades, influenciadores ou figuras públicas em pedestais, atribuindo-lhes um valor acima do humano.

  • Dependência emocional ou adoração exagerada de parceiros(as), amigos ou mentores.

Idolatria do trabalho ou sucesso

  • Colocar a carreira ou conquistas pessoais acima de Deus, da família ou de valores espirituais.

  • Dedicar todo o tempo e energia ao trabalho, negligenciando relacionamentos e propósito maior.

Idolatria da aparência ou do corpo

  • Obsessão com estética, cirurgias, dietas extremas ou exercícios físicos, como forma de alcançar validação ou identidade.

  • Dependência de curtidas ou aprovação nas redes sociais por conta da aparência.

Idolatria tecnológica

  • Excesso de tempo e energia dedicado a dispositivos eletrônicos, redes sociais ou videogames.

  • Priorizar a conectividade virtual em detrimento de relacionamentos reais ou do tempo com Deus.

Idolatria de ideologias e crenças

  • Colocar opiniões políticas, ideologias ou movimentos sociais acima dos princípios cristãos.

  • Defender crenças humanas de forma mais fervorosa do que os valores bíblicos.

Idolatria de símbolos e práticas supersticiosas

  • Uso de amuletos, como olho grego, trevo de quatro folhas, pedras energéticas e similares, como se tivessem poder protetor.

  • Práticas de simpatias, horóscopos ou consultas a médiuns em busca de soluções rápidas para problemas.

Idolatria de relacionamentos

  • Priorizar pessoas ou relações ao ponto de afastar-se dos princípios divinos.

  • Sacrificar valores morais para agradar ou manter alguém próximo.

Idolatria do prazer e entretenimento

  • Busca desenfreada por prazeres momentâneos, como vícios, sexo aleatório, festas e escapismos.

  • Colocar o entretenimento (filmes, esportes, jogos) como foco central da vida, desconsiderando tempo para Deus.

Idolatria religiosa

  • Apego a regras, tradições ou símbolos religiosos em vez de uma relação genuína com Deus.

  • Ver líderes espirituais como intermediários absolutos, esquecendo que Deus é acessível a todos.

A idolatria, em qualquer forma, acontece quando algo ocupa o lugar que deveria ser exclusivo de Deus em nossas vidas. É essencial avaliar nossas prioridades e redirecioná-las para alinhar nossas ações aos propósitos divinos.


Angela Dias - Instagram SBFé.


 
 
 

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