A Origem do Carnaval
- Angela Dias

- 25 de fev.
- 6 min de leitura
Atualizado: 2 de mar.
Entre a festa da colheita e a celebração da Carne.
Por Angela Dias em suas pesquisas e fundamentos da Bíblia

O roubo das finanças antes do carnaval: Histórias contemporâneas e uma chave espiritual.
O período de janeiro e fevereiro é, para muitos, um tempo de desafios financeiros. As contas do fim de ano chegam, os impostos começam a vencer e, muitas vezes, o trabalho parece não prosperar. Esse ciclo de escassez e roubo financeiro se assemelha ao que acontecia na época bíblica, quando os filisteus roubavam as colheitas dos israelitas, deixando-os sem sustento.
A boa notícia é que não precisamos aceitar essa realidade. A oração e o jejum são armas espirituais para desligar na terra o que deve ser desligado no céu (Mateus 18:18) e quebrar todo espírito de roubo, engano e tormento. Vamos refletir sobre isso com três histórias contemporâneas que mostram essa batalha e como vencê-la.
Histórias fictícias por Angela Dias
1. O empresário que perdeu contratos misteriosamente
Carlos é um empresário do ramo de construção civil. Todo começo de ano, ele sabia que teria desafios, mas em janeiro e fevereiro de 2023, algo estranho aconteceu. Ele fechou quatro contratos grandes em dezembro, o que garantiria um ótimo fluxo financeiro no primeiro trimestre. No entanto, um a um, os contratos foram sendo cancelados sem explicação lógica.
Ele se viu sem dinheiro, devendo fornecedores e sem perspectivas. Foi então que um amigo cristão lhe disse:"Carlos, isso não é normal. Você já parou para pensar que pode haver uma influência espiritual sobre suas finanças? O inimigo veio para roubar, matar e destruir (João 10:10), e você precisa se posicionar espiritualmente."
Carlos começou um período de jejum e oração, declarando que todo espírito de roubo e atraso seria desligado aqui na terra para que fosse desligado também nas regiões celestiais em nome de Jesus!. No fim de fevereiro, um cliente antigo, sem qualquer aviso, ligou para ele e fechou um contrato ainda maior do que os anteriores. O que parecia uma temporada de escassez se tornou um testemunho de livramento.
2. A família que viu o dinheiro "evaporar"
Mariana e João são um casal de classe média que sempre planejam bem suas finanças. No entanto, em janeiro de 2024, eles perceberam que, mesmo sem gastos exagerados, o dinheiro estava sumindo. As contas aumentavam, as despesas inesperadas surgiam e, quando percebiam, estavam no vermelho antes do mês acabar.
Um dia, enquanto faziam devocional, Mariana lembrou da história dos filisteus que saqueavam as colheitas dos israelitas e disse ao marido:"Estamos vivendo um ciclo de roubo! O inimigo quer nos manter em escassez para nos impedir de avançar, mas nós não vamos aceitar isso."
Eles decidiram orar e declarar que as janelas dos céus se abririam sobre sua casa (Malaquias 3:10). Além disso, passaram a administrar o dinheiro de forma ainda mais estratégica. No mês seguinte, João recebeu um bônus inesperado no trabalho e Mariana vendeu um produto artesanal que começou a gerar uma renda extra.
3. O autônomo que viu seu trabalho travar
Ricardo trabalha como motorista de aplicativo. Em novembro e dezembro de 2023, teve ótimos ganhos e planejou usar o dinheiro extra para pagar contas e investir em melhorias no carro. Mas, para sua surpresa, em janeiro, as corridas despencaram. Ele passava horas na rua e não conseguia pedidos.
Um dia, conversando com um amigo cristão, ouviu um alerta:"Isso não é apenas sazonalidade. Você já percebeu que essa escassez sempre vem antes do Carnaval? Há um espírito de roubo agindo nesse período, e você precisa se posicionar em oração."
Ricardo começou a ungir seu carro, declarar prosperidade sobre seu trabalho e cortar distrações espirituais, como músicas e ambientes que não edificavam sua fé. Em poucos dias, as corridas aumentaram e ele ainda recebeu uma oportunidade fixa para transportar funcionários de uma empresa todas as manhãs, garantindo um valor fixo mensal.
Como romper esse ciclo de roubo e escassez
O que essas histórias nos ensinam? O inimigo quer roubar, mas temos autoridade para desligar essas influências na terra e no céu (Mateus 18:18).
Três passos para vencer esse ataque espiritual:
Jejum e oração estratégica – Separe um período para buscar a Deus e declarar libertação sobre suas finanças.
Administração financeira com sabedoria – O mundo espiritual se alinha com o natural. Organize seu dinheiro de forma prudente.
Corte acessos espirituais – Ambientes, músicas e atitudes que não glorificam a Deus podem abrir portas para o inimigo.
Declare em oração: Todo espírito de roubo e atraso seria desligado aqui na terra para que fosse desligado também nas regiões celestiais em nome de Jesus!.
Seja intencional e não aceite esse ciclo de roubo. Declare provisão, trabalhe com fé e veja Deus restaurar sua colheita!
A origem do carnaval: Entre a festa da colheita e a celebração da carne
O Carnaval é uma festa popular celebrada em diversas partes do mundo, especialmente em países de tradição cristã. No entanto, suas origens são bem mais antigas e envolvem elementos de festividades pagãs, rituais agrícolas e até conflitos históricos entre povos bíblicos. Muitos estudiosos apontam que o Carnaval pode ter se originado de festivais de colheita, onde o excesso de comida e bebida eram comuns. Mas há também um outro aspecto interessante: a relação entre os filisteus e os judeus na época bíblica, onde esses inimigos de Israel roubavam as colheitas e celebravam com festas regadas a excessos.
O carnaval e as festas da colheita
Na Antiguidade, diversas civilizações realizavam festas para comemorar o fim da colheita e agradecer pela fartura. Os povos da Mesopotâmia, do Egito e da Grécia Antiga celebravam ritos de fertilidade e abundância, que envolviam banquetes, danças e consumo excessivo de bebidas alcoólicas.
Os romanos, por exemplo, tinham as Saturnálias e Bacanais, festas em homenagem aos deuses Saturno e Baco, marcadas por liberdade temporária, inversão de papéis sociais e excesso de prazeres. Essas celebrações influenciaram diretamente o que mais tarde se tornaria o Carnaval no Ocidente.

Na cultura hebraica, entretanto, as festas da colheita eram momentos de adoração e gratidão a Deus. Um exemplo claro é a Festa dos Tabernáculos (Sukkot), onde os judeus celebravam a provisão de Deus no deserto e as colheitas recebidas (Levítico 23:33-43). Diferente das festas pagãs, essa festividade tinha um caráter sagrado e disciplinado, sem excessos.
Os Filisteus, o roubo das colheitas e a festa da carne
Na Bíblia, encontramos relatos de um período em que os filisteus constantemente roubavam as colheitas dos israelitas e as usavam para suas próprias celebrações. O livro de Juízes nos dá um exemplo claro disso:

"Sempre que os israelitas semeavam, os midianitas, os amalequitas e outros povos do leste os atacavam. Acampavam na terra e destruíam as plantações ao longo de todo o caminho até Gaza. Não deixavam nada para Israel comer, nem ovelhas, nem bois, nem jumentos." (Juízes 6:3-4)
Embora este texto mencione os midianitas, outros povos, incluindo os filisteus, adotavam a mesma estratégia. Eles esperavam os israelitas trabalharem duro no plantio e na colheita para, então, saquearem tudo e utilizarem para suas próprias festas.
Os filisteus eram conhecidos por seus rituais dedicados a Dagom, seu deus da fertilidade e da colheita. Muitas dessas festas envolviam banquetes descontrolados, embriaguez e práticas sexuais como forma de culto. Esse tipo de celebração era condenado pelos israelitas, que consideravam um desvio moral e uma afronta a Deus.
Um exemplo clássico disso é a história de Sansão, que foi capturado pelos filisteus e levado a um grande banquete em honra a Dagom. Ali, eles bebiam, dançavam e zombavam de Deus, até que Sansão destruiu o templo e matou todos que estavam na festa (Juízes 16:23-30).
Essas práticas são um paralelo histórico com a ideia de um período onde a carne e os desejos da carne são exaltados. Dessa forma, a origem do Carnaval pode ter uma ligação indireta com essas festas antigas, onde a colheita dos judeus era usada para alimentar celebrações pagãs.

O Carnaval na Era Cristã
Com o passar dos séculos, a Igreja Católica tentou cristianizar as festas pagãs. O Carnaval, que já existia em várias formas no Império Romano, foi associado ao período que antecede a Quaresma, quando os cristãos tradicionalmente fazem jejuns e penitências. O nome "Carnaval" vem do latim "carne vale", que significa "adeus à carne", referindo-se à prática de abstinência antes da Páscoa.
No entanto, a essência da festa permaneceu a mesma: excessos, festas e inversão de valores, muitas vezes em oposição aos princípios cristãos.
Reflexão Final
Ao analisarmos a história, vemos que o Carnaval tem suas raízes em festas da colheita, ritos pagãos e até nos conflitos entre filisteus e israelitas. O que era para ser uma celebração da provisão divina foi muitas vezes transformado em festas descontroladas e cultos à carne.
A Bíblia nos ensina a buscar uma vida de equilíbrio e santidade, sem nos entregarmos aos desejos desenfreados da carne:
"Digo, porém: Andai em Espírito e não cumprireis a concupiscência da carne." (Gálatas 5:16)
O desafio para os cristãos hoje é refletir sobre o verdadeiro significado dessas festas e escolher um caminho alinhado com os valores do Reino de Deus. Afinal, nossa verdadeira alegria não vem de excessos momentâneos, mas de uma vida vivida em comunhão com Cristo.
Angela Dias - Instagram SBFé.
Ministério Família da Assembleia dos Santos Ipiaú - BA







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